O Mote
Retrato próprio
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste da facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno.
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno:
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades:
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia em que se achou mais pachorrento.
Bocage
Haja modéstia dizia eu...
Fisico mediano, moreno, de olhos escuros,
mal tenho pés para a altura que me deram,
sorrio por fora mas por dentro já me arderam
as alegrias que protegi com largos muros.
Visão além horizonte, não me permito a prisões,
inaudito escritor de grandes obras perdidas,
de duplos sentidos são as palavras sentidas,
de pobres sentimentos, de ricas ilusões.
O amor de uma mulher, minha unica necessidade,
sexo com muitas não faz parte do amor,
alem do amor o sexo é grande vontade.
Eis-me aqui, não digno de grande louvor,
com um mote de Bocage, num dia de criatividade
incapaz de fazer melhor.
Rui Costa
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste da facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno.
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno:
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades:
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia em que se achou mais pachorrento.
Bocage
Haja modéstia dizia eu...
Fisico mediano, moreno, de olhos escuros,
mal tenho pés para a altura que me deram,
sorrio por fora mas por dentro já me arderam
as alegrias que protegi com largos muros.
Visão além horizonte, não me permito a prisões,
inaudito escritor de grandes obras perdidas,
de duplos sentidos são as palavras sentidas,
de pobres sentimentos, de ricas ilusões.
O amor de uma mulher, minha unica necessidade,
sexo com muitas não faz parte do amor,
alem do amor o sexo é grande vontade.
Eis-me aqui, não digno de grande louvor,
com um mote de Bocage, num dia de criatividade
incapaz de fazer melhor.
Rui Costa
2 Comments:
"Inaudito escritor de grandes obras perdidas" - muito bem, tá lá, mas louvor não rima com melhor... acho...
Louvor rima com melhor :)
E mais uma vez, obrigado pelo comentário, mesmo que já tenham passado 7 anos :)
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